Todo lavrense sabe que o lema de nossa cidade é “Lavras, terra dos ipês e das escolas“. Qual é a história por trás deste lema? De fato, há exatos sessenta anos era publicado no jornal A Gazeta a poesia de Jorge Duarte que cunhou a expressão, a qual foi transcrita por Bi Moreira nas páginas do Acrópole (n. 22, ago. 1979) e que segue abaixo.

“Lavras, cidade dos ipês e das escolas…

Há uma grande semelhança entre os ipês e as escolas, na minha terra natal. Ninguém dá importância aos ipês, durante o ano inteiro, viúvos de folhas, órfãos de flores, parecendo esqueletos vegetais. As raízes vão realizando o seu trabalho anônimo de armazenar energias, para a grande surpresa de agosto. É então a festa dos ipês, em uma orgia de cores deslumbrantes.

Assim também as escolas. Durante o ano inteiro os nossos mestres preparam silenciosamente, anonimamente, os seus alunos, sem despertar a atenção para a sua obra. Em novembro, quando as festas finais se realizam, é que aparecem as flores da inteligência – resultado de um labor fecundo.

Os ipês florescem em agosto. As escolas florescem em novembro.”

JORGE DUARTE, A Gazeta, 24 ago. 1941.

 

Quando esteve na cidade, o jornalista Assis Chateaubriand, um dos homens públicos mais influentes do Brasil entre as décadas de 1940 e 1960, repetiu a frase, que se tornou o slogan de Lavras.

Em 2005, com a intenção de ajudar a manter o símbolo da cidade, Eduardo Luis Marani, então secretário Municipal de Agricultura, desenvolveu um projeto de recuperação dos ipês e plantou milhares deles por toda extensão da rodovia BR-265 até o trevo da rodovia Fernão Dias, além de praças e outros locais.