Uma celebração às inúmeras amizades, a oportunidade de estar com a família fazendo o que gosta – muito! – e reencontrar os pilotos mineiros na trilha, reforçando laços de uma renovada e saudável parceria Sul-Minas.

 

André com os filhos Luísa e Miguel: “Temos esse amor pelo esporte juntos”

Estes são alguns motivos que levaram o piloto André Senter, natural de Nova Bréscia hoje vivendo e morando em Lajeado, no Rio Grande do Sul, a confirmar, com grande antecedência, sua primeira participação no Ipês Off Road.

A prova está marcada para 3 e 4 de maio, em Lavras, e vale pelo Campeonato Mineiro, Brasileiro, Copa Sul-Mineira e Desafio Sul-Minas (que inclui o Pampas Off Road).

As inscrições estão abertas.

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Veja como foi o papo com um piloto que conhece e adora Minas Gerais, mas não esconde a sua curiosidade sobre o Ipês Off Road.

Família, a base de tudo

Empresário do ramo avícola, 39 anos, André é casado com Tatiana e pai do casal de filhos (que ele já enxerga como pilotos) Luísa e Miguel. “A família é a base de tudo e quem cuida da minha agenda nas provas é a minha esposa. Temos esse amor pelo esporte juntos e esse amor pelo esporte faz com que a gente consiga ficar junto”.

  Trajetória

O piloto nasceu “numa cidadezinha no interior do Vale do Taquari (RS), com três mil habitantes, onde vivi 35 anos e há quatro estou em Lajeado pela maior facilidade nos negócios. E essa mudança de endereço proporcionou a retomada na paixão pelas motos. O círculo de amigos cresceu muito na moto. Desde 2008 eu faço trilha e participo de modalidades como cross country, enduro fim, mas nada tão sério quanto eu venho levando o (Enduro da) Independência”.

   A “descoberta” do regularidade

Ele estava “parado” no esporte desde 2012, e “foi apresentado” ao regularidade em Lajeado “com amigos que eu já conhecia, mas não tinha tanta convivência. Amor pela moto sempre foi enorme. Vim da moto de rua, moto esportiva. Passei para a trilha. Esse grupo de amigos que praticava o regularidade aqui disse que eu tinha de andar o regularidade, competir”.

   Provas no RS

 

Um pódio de amigos. Da esquerda, Leandro, Marcão, André, Fábio e Franer

André participou, em 2022, das duas últimas provas do Campeonato Gaúcho e em 2023 sagrou-se campeão na categoria novatos. No ano passado passou para a categoria Júnior, intermediária e foi vice-campeão: “campeonato excelente, lindo demais. Três amigos do Vale do Taquari. Tomás em primeiro, eu em segundo e Fernando terceiro. Fantástico dividir o pódio. Empolgado com 2023, disputei o Enduro da Lua Cheia em 2024 e fui campeão na categoria Júnior”.

    Profecia no Independência

O convite do amigo Charleu, de Santa Catarina, rendeu o título e uma participação inesquecível nas duplas no Enduro da Independência 2024. “Contigo seremos campeões”, profetizou Charleu. “Para mim, o mais importante é sempre se divertir e dar risada. Ser campeão é ótimo mas se divertir acima de tudo. Nosso esporte não é valorizado no Brasil. Então temos o prazer, não é profissão. Para ter um sentido na vida”.

     Ê, Minas Gerais!

“Desde 2017 ando em Minas Gerais todos os anos e adoro – especialmente a Serra da Canastra, lugar fantástico. O gaúcho que vai para lá principalmente na primeira vez se assusta com morro e com as pedras que agarram, mas depois só pensam em voltar. Porque a pedra no Sul é lisa”

    Amizades da família regularidade

André e Charleu: dupla campeã do inesquecível Enduro da Independência

“É muito emocionante e prazeroso a forma com que somos recebidos em Minas. Às vezes nunca vimos o outro piloto, mas nos neutros de meio de prova já estamos sempre brincando e agitando. “Ô, gaúcho, isso, ô gaúcho aquilo” e vai embora. Isso não tem preço. As amizades que a gente faz são coisa fora do comum. Nos dá ânimo para a vida. É só agradecer o Enduro da Independência e a essa verdadeira família que é o enduro de regularidade”

   Culinária: quem se encanta mais, Minas ou Rio Grande do Sul?

“Conheço muito bem a cultura do mineiro e aprecio muito. Mas são gostos e costumes bem diferentes. O tempero do mineiro é mais forte e a abundância em carne do gaúcho é muito mais forte. Então são dois espantos bons. Mas espanta tanto um quanto o outro”.

O drama de 2024

“Foi uma das coisas mais loucas da minha vida. Dificuldade enorme. Moro a dois minutos da 386, a principal rodovia do RS. Foi onde a enchente mais atingiu. Temos amigos que perderam muitas coisas e sofreram muito. Íamos para o Ipês vários pilotos, eu era o único do Vale do Taquaril. A enchente começou na segunda e a viagem estava marcada para quarta-feira. Até o final da tarde de terça estava tudo certo para a gente viajar. Quando clareou o dia na quarta-feira, o cenário mudou. O volume de água era muito maior e a expectativa era que aumentasse. Deslizou um morro muito perto de uma propriedade minha. As coisas estavam muito diferentes das outras enchentes. Tivemos que abortar a missão. Os pilotos da região de Porto Alegre conseguiram ir quase todos, mas a situação acabou se complicando. As notícias que chegavam para quem foi a Lavras desestabilizaram os pilotos, muitos não tiveram psicológico suficiente para se concentrar na prova. Mas este ano, se Deus quiser, vai dar tudo certo”.

  Planos para a temporada

Com o filho Miguel, que ele já define como um “pilotaço”

“Este ano a minha ideia é fazer o Campeonato Brasileiro de regularidade na categoria intermediária, na Júnior, e participar do Campeonato Gaúcho. O meu maior interesse é me divertir, poder passear com a minha família. Formamos uma pequena equipe no Brasileiro deste ano, somando quatro pilotos. Fizemos uma divisão para não concorrer um com o outro. Eduardo na graduados, eu na intermediária, Charleu na 35 e o Jabá na 50.”

Nosso intuito maior é nos divertir, conhecer algumas partes do Brasil que a gente ainda não conhece. E vamos tentar começar o campeonato com um bom resultado em casa, no Pampas (Off Road). Depois nós vamos para cima desses mineiros aí, brincar com essa galera e fazer novos amigos de novo.

Estou muito ansioso pela prova do Ipês, como todas as provas são diferentes. Acho que no Brasil inteiro não tem terreno igual ao Rio Grande do Sul, né? A nossa pedra é lisa, temos terrenos íngremes, areia, um pouco de tudo no Sul, mas o que mais deixa o mineiro assustado é a nossa pedra lisa. Estou muito curioso sobre o Ipês porque tenho muitos amigos que já fizeram e relatam ser uma prova difícil, de resistência, e eu gosto disso”.

 

 

Texto: Ivan Elias – assessoria de comunicação Ipês Off Road

Fotos: Arquivo Pessoal/Divulgação

Coordenação: Lúcio Pinto Ribeiro